sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Serras Catarinenses - Parte 1 (Joinville, Urubici - Serra do Rio do Rastro, Timbó)

Escolhemos para nossas férias de fim de ano, conhecer as Serras Catarinenses e finalmente percorrer a Serra do Rio do Rastro.
Após algumas mudanças referentes a data de saída e locais de hospedagem, partimos em três motos, no dia 21 de dezembro.

21 de dezembro



Nos encontramos às 7h num posto na saída de Campinas e pegamos estrada às 7h20.
A manhã estava com temperatura agradável e céu aberto. Seguimos viagem até Tapiraí, onde fizemos uma primeira parada de aproximadamente 30 minutos.

1ª parada para abastecer

Descemos a serra Tapiraí-Juquiá e acho que foi a primeira vez que passamos por ela com sol. Não havia muito movimento, mas vimos uns três acidentes no percurso.

Sol, na Tapiraí-Juquiá

Por volta das 12h30, paramos para almoçar em Campina Grande do Sul, no Paraná, onde também almoçavam os policiais do BOPE, com os quais conversamos e tiramos fotos.

Almoço em segurança com os policiais do BOPE

Na serra, o tempo fechou, a chuva começou a cair e assim foi até a divisa dos estados.
Nessas alturas, estávamos em Santa Catarina e o movimento na estrada aumentou consideravelmente. Fizemos poucas fotos, pois a chuva impossibilitou os registros.

Chuva na serra

Tempo cada vez mais fechado

Divisa de estados Paraná - Santa Catarina

Nossa estadia seria em Joinville e faltava bem pouco para chegar na cidade.
Chegamos no Comfort Hotel Joinville debaixo de chuva. Ensopamos a recepção com nossas roupas molhadas, descarregamos as malas e tomamos aquele banho merecido.

Comfort Hotel Joinville

A chuva deu uma trégua e decidimos sair a pé para procurar algum lugar para jantar. Após algumas pesquisas, a blogueira aqui escolheu conhecer a Cervejaria Opa, e então nos dirigimos ao Opa Boteco.

Caminhada em Joinville

Como chegamos cedo, conseguimos um bom lugar na varanda e pedimos a cerveja da casa, que é servida em várias versões. Cerveja deliciosa, comida de primeira e ambiente super bacana. A cervejaria foi tão aprovada que resolvemos chamar um táxi (em Joinville está proibido o UBER) para conhecer o Pórtico Opa Bier, localizado na entrada da cidade, que na ocasião, estava lindamente decorada para o Natal.

Opa Boteco

Delícia de cervejas artesanais

Mignon acebolado


Portal da cidade

Pórtico Opa Bier

Opa Store

Também adoramos o local e em breve postarei no Blog Dicas da Mi.
Infelizmente não dava para estender muito a noite, pois na manhã seguinte, seguiríamos viagem.
Particularmente, achei muito pouco uma noite só em Joinville e gostaria de ter ficado pelo menos mais dois dias na bela cidade, o que me leva a planejar um retorno.


22 de dezembro

Café caprichado

Acordamos, arrumamos as malas, tomamos um delicioso café da manhã e fechamos a conta no hotel, que está de parabéns e recomendamos a todos.

Tudo pronto para seguir viagem

Em poucos quilômetros, avistamos a praia e a temperatura subiu rapidamente. Passamos por Barra Velha, Itapema, Porto Belo e Laguna, onde fizemos lindas fotos na Ponte Anita Garibaldi, que foi inaugurada em 2015 e é a única estaiada em curva do país. Simplesmente encantadora. Antes, os motoristas trafegavam pela antiga ponte de Cabeçuda.
Seguimos sentido Tubarão.

Ponte Anita Garibaldi, em Laguna, inaugurada em 2015

Ponte de ferro em Cabeçuda ao fundo

Visual incrível de Laguna

O trajeto é maravilhoso, com muitas fazendas, lindas casas de madeira e sempre margeando o rio Tubarão e mais a frente, o Rio Hipólito, com suas águas claras.

Belezas naturais
Casas alegres e coloridas
Igreja Matriz São Gabriel, em Pedras Grandes

Chegamos na cidade de Orleans perto das 15h e paramos para almoçar. Devido ao horário avançado, não havia restaurante aberto, então comemos uns deliciosos salgados na Panificadora Mazzucco.

Almoço na cidade de Orleans

Seguimos viagem e logo estávamos em Lauro Muller, onde oficialmente começa a Serra do Rio do Rastro.




Início da Serra do Rio do Rastro

Inicialmente, avistamos as montanhas e fizemos algumas curvas. Conforme fomos subindo, o tempo foi escurecendo e as curvas ficando cada vez mais fechadas. O percurso todo é repleto de enormes hortênsias e o visual é incrível. A temperatura caiu, pegamos garoa e em alguns pontos tivemos que parar para dar preferência aos ônibus e caminhões que com muita dificuldade faziam as curvas. Confesso que deu um tremendo gelo na barriga.

Visual deslumbrante

Curvas fechadas

Curvas e mais curvas

Pequeno mirante

Parada para apreciar a vista

Fizemos uma parada em um pequeno mirante e registramos o momento maravilhoso. Subimos mais a serra e chegamos no tão esperado Mirante da Serra do Rio do Rastro, localizado na cidade de Bom Jardim da Serra. Paramos as motos e para nossa surpresa, haviam pouquíssimas motos.

Poucas motos

Marcando presença

O local é bem estruturado, com amplo estacionamento e comércios, perfeito para fazer um lanchinho, ir ao banheiro, etc.
Ficamos ali, contemplando a beleza por uma hora e registrando tudo.

Galera no Rio Rastro

Admiração

Cortes na montanha

Natureza perfeita

Tempo fechando

A gostosa sensação de estar nas alturas e de nos sentirmos um grãozinho de areia no mundo, se justifica porque estávamos a 1406 metros de altura em relação ao nível do mar e a 705 metros de altura entre o pé da serra ao mirante.
O percurso da serra totaliza 8.100 metros e é composto por 256 curvas.
Avisamos nossos amigos de Campinas que estávamos lá, e eles nos mandaram imagens nossas ao vivo, pois tudo ali é filmado 24 horas.

Nós, ao vivo!!!!

​Quem também deu as caras, foram os graciosos quatis, que ficam por ali para comer frutinhas que os turistas compram nas banquinhas.

Quati dando uma inspecionada


Cerejas fresquinhas para os  quatis

Ventava bastante e a neblina finalmente tomou conta de tudo. Quem viu a paisagem, viu. Quem não viu, perdeu.


Bom Jardim da Serra "A Capital das Águas"

Seguimos viagem, passamos pelo portal de Bom Jardim da Serra "A Capital das Águas", pegamos muita chuva e finalmente chegamos em Urubici, onde ficaríamos por dois dias.

Portal de Urubici, uhu

Nos hospedamos Pousada Aconchego, descansamos um pouco e saímos a pé para jantar.
Paramos no restaurante do Urubici Park Hotel e foi uma ótima escolha, pois estava tudo muito gostoso. Comida farta, deliciosa e o friozinho estava perfeito para tomar um vinho.

Jantar no Urubici Park Hotel

Retornamos para a pousada e no caminho paramos numa Frutaria, onde compramos ameixas docinhas e uvas deliciosas.
Finalmente chegamos na pousada e fomos dormir o sono merecido.

Ameixa mais gostosa que já comi


23 de dezembro

O dia amanheceu lindo, com um céu azul maravilhoso. Tomamos café da manhã e planejamos conhecer a Serra do Corvo Branco e o Parque Nacional São Joaquim, onde encontram-se o Morro da Igreja e a Pedra Furada. Para esse passeio, era necessário pegar autorização de entrada na sede do ICMBio, pertinho da nossa pousada. Não é preciso pagar nada para acessar o Parque, mas é necessário obter tal autorização, que na ocasião, foi uma pulseirinha.

Entrada para o Parque

O acesso ao Parque Nacional São Joaquim ocorre das 8h às 17h, e a emissão da autorização, das 8h às 12h e das 13h às 16h30.
Partimos então para a Serra do Corvo Branco e pegamos uma linda estrada de aproximadamente 30 quilômetros, com belas paisagens e casas coloridas.

Estrada linda

Lindas propriedades


Estrada para a Serra do Corvo Branco

A Serra do Corvo Branco foi a primeira estrada a ligar o Litoral à Serra de Santa Catarina e tem formação rochosa de 160 milhões de anos.

Garganta

Logo ao chegar, nos deparamos com a famosa "garganta", pois a estrada começa no meio de dois paredões de pedra e proporciona uma vista que impressiona. Esse trecho, é considerado o maior corte em rocha arenítica do Brasil. Do lado esquerdo o paredão é úmido e do lado direito é seco. Isso se justifica por causa da inclinação leste-oeste do Arenito Botucatu, que forma o Aquífero Guarani.

Vista de baixo

Bora descer a Serra

Já o nome da estrada, se deve ao urubu-rei, ave de plumagem branca que foi erroneamente, chamada de corvo. O animal possui uma envergadura que varia de 170 a 198 cm e peso que oscila de 3 a 5 kg e é uma espécie cada vez mais rara de se observar.

A história

Fomos até o ponto que estava bem asfaltado e após uma bela sessão de fotos, decidimos descer a serra. Os outros casais não quiseram descer.

Descendo


Quase não existia asfalto e haviam muito buracos. De um lado, eram as rochas, do outro, um precipício, sem proteção nenhuma. Claro que há um certo perigo, mas valeu muito a pena descer e olhar tudo aquilo lá de baixo.

Lá embaixo

Visual incrível

Retornamos e seguimos para o Parque Nacional São Joaquim. A estrada que dá acesso ao Morro da Igreja, é de propriedade da Força Aérea Brasileira-FAB, para entrar, tem que entregar aquela autorização.



A região oferece uma paisagem magnífica. O cartão postal é o Morro da Igreja, com vista para a Pedra Furada. Neste ponto, a altitude é de 1.822 metros.

Subindo o Morro

Portal do Parque Nacional São Joaquim



Acesso até esse ponto

A criação do Parque, em julho de 1961, está ligada à necessidade de proteção dos remanescentes de Matas de Araucárias, encontradas em abundância dentro de seus 49.800 hectares.
A vista é espetacular e única, simplesmente de fazer suspirar. Ficamos por lá um bom tempo e não dava vontade de ir embora.


Paisagem de cair o queixo com a Pedra Furada em destaque

Relax

Beleza natural

De lá, seguimos sozinhos para a cidade de São Joaquim, pois queríamos almoçar na Vinícola Francioni.

São Joaquim está entre as 3 cidades mais frias do Brasil

Portal de São Joaquim

Chegamos na "Cidade da Maçã" e o GPS traçou um caminho para chegar na vinícola, que nos levou aos fundos da propriedade. Para chegar lá, foi uma aventura repleta de cascalho. Tivemos que voltar tudo e pedir informações. O que valeu, foi ter visto as imensas plantações de maçãs, com os pés carregadinhos da fruta.


Achando que o caminho estava certo

Maçãs

Encontramos então o caminho correto, sentido Lages. Chegamos na vinícola e infelizmente não conseguimos almoçar, pois o Bistrô Bacco estava fechado, contrariando todas as informações colhidas nas redes sociais. Ficamos mega frustrados, porém, passeamos pelo encantador e imenso parreiral.

Vinícola Francioni

Delicadeza

Uvas

Fechado


Vista do parreiral

Lindo demais

Local de degustação

Pela hora avançada, não encontramos nenhum restaurante aberto, e lá fomos nós almoçar numa padaria, chamada Ponto do Pão. Comemos lanche, salgados e fomos muito bem atendidos. Despencou um temporal e ficamos por ali, comendo sossegados enquanto a chuva caía.

Bijajica: receita típica de Santa Catarina,
feita com polvilho, ovo e açúcar

Retornamos para Urubici e fomos visitar a Cascata do Avencal. Pagamos R$ 10,00 pela visitação (R$ 5,00 por pessoa).
Muito bonito o local, bem estruturado e com dois mirantes com localização estratégica para uma boa visão da cascata. O cânion é lindo e a cascata possui 100 metros de queda livre.

Caminho para a Cascata

Parque Cascata do Avencal

Vista do 1° mirante

Vista do 2° mirante

De lá seguimos para o centro de Urubici e paramos no mirante. Já na cidade, fizemos umas fotos turísticas, como na belíssima Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens, que é cartão postal da cidade, com o Papai Noel na Praça e depois paramos no Posto Serra Azul, que é famoso pela sua bela decoração temática, ambientada nos anos 50 e retornamos para a pousada.

Mirante com vista para Urubici
Linda Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens

Feliz Natal

Posto Serra Azul

Posto Serra Azul

Oh oh oh

Descansamos um pouco e fomos conhecer o Pub Barba Negra. Super descolado, possui um cardápio incrível, com muitas delícias e vários rótulos de cervejas artesanais.
Nos divertimos pra valer nesse local que em breve, estará no Blog Dicas da Mi.

Picadinho de picanha

Pub Barba Negra


24 de dezembro

Saímos às 10h de Urubici, com vontade de ficar mais uma semana. Debaixo de chuva, seguimos sentido Alfredo Wagner e a estrada era muito bonita e com pouco movimento.

Saindo com chuva

Vale Europeu



Passamos pelo belo Vale Europeu, paramos para abastecer as motos e tomar água na cidade de Ituporanga e após muitas curvas, chegamos em Rio do Sul.

Aproveitando a parada para tirar as roupas de chuva 

Água e ar condicionado, dupla perfeita

Homenagem aos imigrantes

Rio do Sul

Seguimos viagem, passamos pelo portal da cidade de Indaial e logo chegamos em Timbó, onde havíamos reservado o Hotel Blue Hill para 3 pernoites.

Blue Hill Hotel, nossa casa por 4 dias

O calor estava insuportável e após descarregar as malas e tomar um banhão gelado, saímos a procura de um restaurante, mas pelo horário avançado e por ser véspera de Natal, todo o comércio estava fechado.
Por sorte, achamos o Doctor X que estava aberto e se prontificou a nos preparar lanches e porções. Nos deliciamos com os lanches e porções gigantes.

Galera com fome

Porções enormes

Lanche bom demais

Debaixo de muito sol, retornamos para o hotel, ligamos o ar-condicionado no último e descansamos um pouco.
Já a noitinha, nos encontramos na recepção do hotel, pedimos uma porção de polenta e ficamos jogando conversa fora, acompanhada da cerveja Borck, que é de uma cervejaria da cidade.

Cerveja artesanal da cidade, Borck

Polentinha do hotel

Noite de Natal

Decidimos não participar da ceia de Natal que o hotel promovia, e mais tarde, saímos para jantar. Novamente nossa única opção foi o Doctor X. Pedimos uma pizza família e ficamos surpresos (e envergonhados) com seu tamanho, pois era gigante.

Pizzinha básica

Após a comilança, retornamos para o hotel para uma confortável noite de sono.


Estivemos em Joinville - SC, em 21 e 22 de dezembro de 2016


Curiosidades sobre Joinville - SC
  • Distância de Campinas: 598 km
  • Distância de São Paulo: 527 km
  • Conhecida como A Cidade das Flores ou Cidade dos Príncipes, pois foi oferecida como dote de casamento da princesa Francisca Carolina, (filha de Dom Pedro I) para o príncipe François Ferdinand Phillipe Louis Marie
  • É a maior cidade do estado de Santa Catarina
  • Foi apontada como a segunda melhor cidade para se viver do país
  • É ainda conhecida por sediar o Festival de Dança de Joinville (considerado o maior festival de dança do mundo) e a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil (a única no mundo fora da Rússia)
  • As casas enxaimel, é um exemplo da herança germânica
  • A gastronomia tem forte herança dos imigrantes alemães, com pratos típicos como chineque (variação do pão doce), rollmops (peixe em conserva), cuca e orelha de gato (ou cueca virada)
  • A Rua Visconde de Taunay é famosa pela diversidade de pubs, restaurantes (gastronomia mundial) e casas noturnas. Também é lá que ocorre o Festival Gastronômico anual
  • Entre as celebrações anuais mais conhecidas, estão a Festa do Tiro Rei, da Banana, do Arroz, do Bandoneon, do Aipim, da Colheita, da Polenta, Stammtisch, Opa Fest e Bierville
  • O bairro Espinheiros é cercado pelo manguezal 
  • Possui mais de 10 museus, sendo os mais conhecidos, o Museu dos Imigrantes, Museu de Arte, Museu da Bicicleta, Museu Nacional do Corpo de Bombeiros, Estação da Memória e Museu Casa Fritz Alt
  • Aniversário da cidade: 9 de março

Estivemos em Urubici - SC, em 22, 23 e 24 de dezembro de 2016

Curiosidades sobre Urubici - SC
  • Distância de Campinas: 919 km
  • Distância de São Paulo: 848 km
  • Conhecida como "A Cidade das Hortaliças", por ser a maior produtora de hortifrutigranjeiros do estado
  • Se destaca também pela produção de maçã, especialmente a variedade Gala
  • Urubici está situada no ponto mais elevado de Santa Catarina
  • No cume do Morro da Igreja (1.822 metros), o ponto mais alto habitado do sul do Brasil, foi registrada a temperatura mais baixa do país: −17,8 °C, em 29 de junho de 1996
  • A Serra Catarinense é a região mais fria do Brasil, sendo o único lugar do país a nevar todos os anos, durante o inverno
  • As inscrições rupestres dos tempos das cavernas são grandes atrativos
  • A Cascata do Avencal, possui queda livre a mais de 100 metros e chega a congelar no inverno
  • A Serra do Corvo Branco foi a primeira estrada a ligar o Litoral à Serra de Santa Catarina e tem formação rochosa de 160 milhões de anos
  • Aniversário da cidade: 6 de dezembro